domingo, 22 de abril de 2007

A edição

Incumbido da função de editar nossa primeira reportagem televisiva, logo pensei que estava com a função mais analítica do grupo, uma vez que o editor tem que decidir (tecnicamente e jornalisticamente falando) quais trechos do material bruto de reportagem eram mais adequado à pauta.

Acompanhado do nosso intrépido repórter de primeira viagem, nos deparamos sobre uma mesa repleta de botões, chaves, contadores, monitores e aparelhos estranhamente complexos aos olhos de dois jovens estudantes. Mas todo o estranhamento inicial se encerrou quando colocamos a mão na massa (claro que com um pequeno curso-relâmpago do prestativo operador da ilha de edição João).

Depois da devida apresentação ao equipamento, partimos para a parte mais importante desta fase do trabalho: a seleção dos trechos. Após vários ‘rewinds’ e ‘forwards’, algumas risadas e os trechos decupados, nosso guia nesta primeira aventura por trás das câmeras (João) assumiu o lugar aos botões da ilha de edição e passamos a realizar a montagem dos trechos.

Como um bom texto, este processo não é feito de primeira, nem é criado em um estalo de genialidade. Leva um bom tempo, além de várias tentativas frustradas, para a construção de uma edição ideal. Com o auxílio dos demais membros do grupo, fizemos a colagem da maneira mais coerente possível.

Ao final do trabalho, saímos com a sensação de dever cumprido, pois respeitamos as respostas de nossas entrevistadas, sem a utilização indevida ou descontextualizada de qualquer palavra pronunciada frente as câmeras.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

"Ah se fosse eu..."

É só colocar as seguintes palavras no Deus digital, o Google: "Principe William". A primeira página que aparece é de espantar. Alguma suuuuuper-fã do bonitão inglês deve ter perdido um bom tempo fazendo a página, confiram:http://milafashion.sites.uol.com.br.

O mais engraçado não é os despudorados elogios que se encontram aos montes, escorrendo pelos pixels com fotinhos do louro. Não, mas são as moçoilas que parecem tentar falar desesperadamente com ele, vejam: "tem como me comunicar com ele atraves (sic) de e-mail ou qualquer outra comunicaao (sic) como fax sei la.Obrigada."

Alguém de bom senso, é claro, deveria responder à nossa gata borralheira: "É, minha filha, vá tomar umas biritas na gringa e ofereça seus peitinhos para que ele aperte. Duvido ele recusar". Capaz de ela aceitar a proposta.

Ah, tem também uma coisa. Para quem não conhece tããããão bem o "nosso princepezinho", como elas dizem, vai aí uma enorme ficha (rende algumas risadas):

Nome Completo: William Arthur Philip Louis Windsor
Título: Sua Alteza Real Príncipe William de Gales ; mas ele prefere ser chamado apenas de William
Apelidos: Wills, Wombat, Billy, Billy o envergonhado, Willy o queridinho das garotas
Pais: Princesa Diana e o Príncipe Charles
Irmãos: Príncipe Henry Charles Albert David Windsor, nascido em 15 de setembro de 1984
Data de Nascimento: 21 de junho de 1982 às 21:03 h (ver certidão de nascimento)
Local de Nascimento: St Mary’s Hospital, Paddington -Londres
Signo: Câncer
Batizado em : 4 de agosto de 1982
Altura: 1,88 m
Peso: 70 kg (aproximadamente)
Olhos: Azuis
Cabelos: Loiros
Escolaridade: Cursando a St Andrew’s University na Escócia onde irá estudar História da Arte durante 4 anos
Onde já estudou: Mrs. Mynors Nursery School (1985-1987) - Wetherby School (1987-1990) - Ludgrove School(1990-1995) - Eton College (1995-2000) St Andrew's (2001- )
Cores Favoritas: Azul e Verde - Jura menina!?
Onde encontrá-lo: Na África, Chile, em algumas boates de Londres, como Jak's ; Crazy Larry's ; o K Bar ; Mimmo D'ischia. - Ah claro, comecem a procurar na África...
Geralmente visto com: Seus seguranças, a debutante Davina Duckworth-Chad, o amigo da família, Edward Van Cutsem e seus bem comportados primos reais Peter e Zara Philips
Namorando? teve pelo menos duas namoradas, não se sabe ao certo se ele está atualmente namorando, mas vamos raciocinar por um minuto: ele é bonito, rico e príncipe... em tese ele pode ter a garota que ele quiser, por que estaria sozinho?
Animal de estimação: Widgeon, uma fêmea da raça labrador
Comidas Favoritas: Chocolate, massas,ovos pochê, hambúrguer, salada de frutas moçoilas gringas
Bebida Favoritas: Coca-Cola e Vinho Tinto
Estilo Musical: Pop music no geral, techno, dance e música clássica.
Bandas Favoritas: Pulp, Oasis, Spice Girls e All Saints..
Hobbies: Esportes, música, caçadas, viagens, desenhar, pintar, jogar videogames, ler poesia, estar com os amigos e ir ao cinema, precisa falar mais um?
Esportes: William é bem esportista e gosta de futebol, rúgbi, esqui na neve, pólo aquático, natação, tênis, caçar, hóquei, etc


É meus caros...

terça-feira, 17 de abril de 2007

A reportagem

Eu nunca tinha feito nada próximo do trabalho de repórter televisivo, não entendia a dinâmica do trabalho, pensava que não sabia abordar as pessoas. Mas, agora, depois do primeiro exercício de “povo fala” que fiz junto com o grupo do De Últimas, vi que tudo isso pode ser bem divertido.

Uma coisa é fato, o povo quer falar. Num primeiro momento eu achava que todo mundo passaria reto pela equipe (como muitas vezes eu mesmo faço) e não responderia à nossa pergunta, que, aliás, era bem capciosa: o que você faria se o príncipe William, herdeiro do trono inglês, apalpasse os seus seios? Mas a mulherada se mostrou bastante solícita e até desinibida perante tal pergunta.

Eu senti que realmente há aquele negócio da mística que o microfone exerce. A maioria das entrevistadas não sabia que a entrevista não seria vinculada em um telejornal ou coisa parecida. Então, algumas demonstravam preocupação com a aparência (afinal, o país inteiro não pode vê-la de cabelo desarrumado) e tentavam responder sempre de maneira original, como se essa resposta garantisse a sua aparição no suposto programa de TV. Claro que essa “originalidade” era um pouco repetitiva, “eu daria um tapa nele” foi uma resposta um bocado freqüente, por exemplo. E todas as moças e senhoras que respondiam de tal maneira, faziam como se fossem as únicas, como se ninguém jamais pudesse pensar nisso antes.

Por mais que o aparato televisivo seja um pouco intimidador, as entrevistadas não se incomodaram nem um pouco com isso. E aí é que está um pouco do poder simbólico da TV. Provavelmente, se eu estivesse com um gravadorzinho, ou com um caderninho de anotações, elas nem ligariam muito para a pergunta. A questão é que elas conhecem, mesmo que inconscientemente, o poder da televisão. Sabem que respondendo àquele microfone, as chances da cunhada, da mãe, do pai, do tio, do ex-namorado vê-las são imensamente maiores do que se elas respondessem a um jornal ou a uma rádio. Sem contar que a TV tem a imagem como trunfo, as pessoas não vão só ouvi-las, vão, principalmente, vê-las. Mal sabiam elas que as suas respostas só vão ser mostradas a alguns professores e colegas de classe. Deve ser um pouco frustrante.

Eu imagino se eu tivesse feito o mesmo exercício com a chancela de uma emissora de TV. Não duvido nada que haveria ainda mais respostas “originais” e seria ainda mais fácil abordar as entrevistadas. Já até imagino a filinha se formando para responder à nossa pergunta: “eu daria um tapa nele”, “publicaria a foto e ganharia um bom dinheiro”, “processava o príncipe”, “daria um tapa nele”, “processaria”, “publicava”, “dava um tapa”...

Ironicamente a resposta mais original não tentou ser muito inovadora e foi, de longe, a mais sincera. Veio de uma senhora que respondeu com muita propriedade: “[não faria] nada. Apalpou, apalpou, ué?”
Negócio de família: o príncipe Harry, irmão de William,
também foi flagrado com a mão cheia

Nossa motivação, Ana Laíse Ferreira e a mão do príncipe

A pauta

Falar de seios parecia fácil. Ainda mais no Brasil e quando uma brasileira no exterior teve o seu mamilo apalpado por um príncipe. Mas não era conto de fada e o príncipe não veio em um cavalo branco. Muito pelo contrário, talvez estivesse bêbado, assim como a brasileira.

Tanta distância do "era uma vez...", que a brasileira não hesitou em vender a foto da cena para um tablóide inglês. Típico dos brasucas? Talvez.

Saímos às ruas para perguntar às mais diversas mulheres o que elas fariam caso tivesse seu seio apalpado. Por motivos que transcorrem a ética e pelo fato de não sermos príncipes, não pudemos nós fazer trabalho com as próprias mãos.

O melhor foi filmar e perguntar...